terça-feira, 12 de julho de 2011

Fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour Brasil é suspensa


 
12/07/2011 - 20:04   fonte site Veja.


 
Supermercados


Segundo o Gama/BTG Pactual, que estruturou a fusão, a proposta está suspensa por conta da negativa do Casino; documento destaca, no entanto, que a suspensão é temproária

Apesar da suspensão, o Gama/BTG Pactual reiterou confiança na proposta de 28 de junho
Apesar da suspensão, o Gama/BTG Pactual reiterou confiança na proposta de 28 de junho (Germano Luders)
O empresário Abílio Diniz, contudo, deixou claro a seus advogados que não desistirá. Ainda que não consiga concretizar a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour Brasil, ele tentará, até o final, manter-se no controle da varejista brasileira
O Gama/BTG Pactual – fundo de investimento que receberia recursos de investidores para incorporar o Grupo de Pão de Açúcar na operação de fusão da varejista com a unidade brasileira do Carrefour – divulgou nesta terça-feira nota em que afirma que a proposta de fusão entre as redes varejistas está temporariamente suspensa.
Segundo o comunicado, a decisão foi tomada em decorrência da manifestação, divulgada na manhã desta terça-feira, do Conselho de Administração do Casino, que é sócio da família Diniz no controle do Pão de Açúcar. O grupo francês rejeitou por unanimidade os termos da operação.
O Gama/BTG Pactual revela, no entanto, que está disposto a manter um diálogo aberto com as empresas envolvidas no projeto, por ora, frustrado. Ressalta que, desde sempre, a proposta foi amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes. O grupo Casino, no entanto, repetiu seguidamente que a ação de Diniz, e seus parceiros estratégicos, era ilegal, chegando a classificar a operação de "hostil".
Por fim, a nota divulgada pelos investidores reitera a confiança do grupo na proposta apresentada em 28 de junho. O projeto, segundo o Gama, é tratado como uma “oportunidade excepcional para ambos os grupos” (Pão de Açúcar e Carrefour), além do próprio Casino.
Também nesta terça-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, por meio de um comunicado, que retirou o apoio financeiro à proposta de fusão entre os grupos Pão de Açúcar e Carrefour “em função do não atendimento às condições estabelecidas”. A condição do banco era justamente o “entendimento entre todas as partes envolvidas", o que não se concretizou. O braço de participações do banco, o BNDESPar, aportaria 4 bilhões de reais na operação. O Grupo Pão de Açúcar, procurado pela reportagem de VEJA, disse que não comenta a operação por ser alvo dela e não parte do processo.
Abílio não desistirá – O site de VEJA apurou que Abílio Diniz deixou claro, logo pela manhã, ao time de advogados que o assessora que não desistirá de seus objetivos. Tão logo saiu da reunião do conselho de Casino, em Paris, o empresário deu ordem a interlocutores para suspender a proposta, mas apenas temporariamente.
A intenção do executivo é refazer o projeto, atraindo desta vez investidores privados – que estão sendo sondados pelo Gama/BTG Pactual, em substituição ao BNDES. Ele afirmou a assessores que não descansará enquanto não ver aprovada a operação entre o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour Brasil. Ainda na hipótese de não conseguir concretizar este plano, Abílio enfatizou que tentará até o final manter-se à frente do Pão de Açúcar – posição que perderá em 2012 por força do acordo de acionistas, que prevê a passagem do comando ao sócio francês, o Casino.

Para fazer valer suas intenções, o empresário decidiu que todo o time de advogados com quem trabalhou nos últimos dias continuará. Diniz acredita que o acordo de acionistas possui brechas que podem ser questionadas com o intuito de manter-se no controle da rede varejista. Na avaliação dele, como o documento foi feito de forma amigável entre a família Diniz e o Casino – que dividem o controle da Wilkes, a holding que é dona da empresa –, é natural que haja pontos que possam ser discutidos. O clima entre os grupos empresariais, à época de formatação do contrato, era de fato tão tranquilo que ambos concordaram em entregar o trabalho a apenas um escritório de advocacia, o Tozzini Freire – procedimento que não é praxe no mercado. A ordem agora, na equipe que assessora a família Diniz, é destrinchar cada frase do acordo de acionistas em busca destes pontos que Abílio espera que possam ser reavaliados.

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Cerimônia de abertura dos jogos reúne cinco mil pessoas

 Tribuna
08 jul, 2011
A cerimônia de Abertura Oficial dos 55º Jogos Regionais atraiu cerca de 5 mil pessoas ao Ginásio Poliesportivo do Jales Clube na noite desta sexta-feira, dia 8, e foi marcada pela homenagem a ex-atletas e esportistas que se destacaram em suas modalidades ou no incentivo à prática esportiva.
Entre eles o ex-secretário de esportes, Nilton Mário Pavan Alves, que veio do Mato Grosso especialmente para a ocasião, e o ex-jogador de basquete pelo Ipê Banespa, Betão Rollemberg, que acendeu a Pira Olímpica. Emocionado e bastante aplaudido, ele não conteve as lágrimas depois que recebeu a tocha das mãos de Pavan. Outro que foi bastante aplaudido foi o lutador de judô Rogério Sampaio, medalhista olímpico em Barcelona, em 1992.
Também estavam presentes vários prefeitos e vereadores de cidades vizinhas, autoridades da Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Juventude, e o deputado estadual Itamar Borges.
A cerimônia começou com uma hora e meia de atraso e foi aberta pela Orquestra de Sopros de Jales, que fez a introdução para a entrada das 69 delegações. O encerramento foi feito pelo premiado grupo de Taikô e Todoroki de Jales e o grupo de Hip-Hop B-Boys.

Porta a porta atrai Polishop e Unilever


MERCADO

25/03/11 - 11:40

 O crescimento do negócio de venda porta a porta, mais conhecido como venda direta, atrai players de diferentes segmentos como a varejista Polishop, que vai aumentar sua presença nesse canal de vendas, além da indústria Unilever , que anuncia novo negócio também nesse mercado. O setor representa cerca de R$ 26 bilhões para o comércio brasileiro, e cresce a média anual de 18%. Este ano, o mercado deve seguir com evolução de dois dígitos, crê a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd). No caso da Polishop, que já atua na venda de diversos produtos, a entrada no varejo porta a porta está otimista e a empresa espera que este canal represente cerca de 8% do faturamento ao final do primeiro ano. Atualmente a marca já atua em canais como internet, loja, call center, revistas e televisão.

Segundo diretor-geral do canal Polishop com.voce, Gilberto Guitti, a empresa quer vender ao público que mora em regiões fora das principais capitais do País. "Decidimos investir em venda direta para atender um nicho de mercado composto por consumidores que não gostam de comprar por internet e call center ou moram em cidades onde não há lojas físicas da empresa", diz Guitti.
Segundo o porta-voz, para se tornar um vendedor basta investir R$ 89 na aquisição do "kit de cadastro" composto de manual de negócios, manual do plano de bonificação, catálogo e DVD com detalhes dos produtos, DVD Institucional e DVD de treinamento com informações sobre como construir uma organização. A partir daí, o empreendedor ganha sempre que um consumidor comprar indicando o seu número de ID (identificação). O vendedor também ganha descontos exclusivos nos produtos, bonificações quando apresentar outros empreendedores que se cadastrarão em sua linha descendente e participação em treinamentos exclusivos. A remuneração média mensal varia de R$ 2 mil a R$ 10 mil, não há limite máximo.
Ele ainda complementa que os preços serão os mesmos praticados pela empresa nos outros canais. Para Guitti, esta é mais uma vantagem. "A experiência da Polishop tem comprovado que os múltiplos canais não competem entre si: ao contrário, se complementam. Quem vê um produto na TV muitas vezes compra na loja e quem pega uma revista na loja decide comprar pela internet e assim por diante ", conclui. A marca, hoje, estima contar com mais de 1 milhão de revistas mensais, mais de 100 lojas próprias nos principais shopping centers do Brasil e uma logística capaz de atender qualquer domicílio.
Água
Quem segue a mesma linha é a Unilever, que se prepara para estrear na venda porta a porta no Brasil com uma nova categoria - um purificador de água. Com o novo produto, a subsidiária brasileira vai concorrer pela primeira vez na mesma categoria com empresas como Electrolux e Philips, que já vendem purificadores de água no País. Para fazer o produto chegar à casa do consumidor, a Unilever fechou uma parceria com a Jequiti, empresa de venda direta de cosméticos do Grupo Silvio Santoscujo diretor é Lásaro Carmo Júnior.
O produto é uma das principais armas da Unilever para crescer em mercados emergentes, responsáveis por boa parte da expansão de cerca de 5% das vendas globais da companhia em 2010, US$ 58,6 bilhões. Hoje a marca Pureit já é usada por 15 milhões de pessoas no mundo e a empresa pretende levá-la para 500 milhões de pessoas até 2020.
FONTE: Site da Federação das Câmaras de Dirigentes e Logistas de Santa Catarina.

Polishop entra na era da venda direta


30/03/2011 13:20



Venda porta-a-porta deve responder por 8% do faturamento da Polishop

Wikipedia
Loja da Polishop
Loja da Polishop: vendas diretas são a estratégia para alcançar um novo público
São Paulo - A Polishop é a mais recente empresa a aderir à onda da venda direta. No próximo dia 2 de abril, um sábado, o fundador da empresa, João Appolinário, pretende lançar o novo serviço de venda direta da Polishop. O plano é recrutar 10.000 consultores neste ano e fazer com que o porta-a-porta responda por 8% do faturamento.
A venda direta é uma importante mudança de estratégia da Polishop. A varejista fez fama e cresceu com os tradicionais infocomerciais de tevê exibidos geralmente tarde da noite, no qual atores demonstram em detalhes o funcionamento de eletroeletrônicos e aparelhos de ginástica sob uma locução frenética, entre outros produtos. Alguns tornaram-se famosos, como o grill com a marca do ex-boxeador George Foreman.
O principal canal de vendas da empresa é o telefone. Os consumidores são instados pelo inforcomercial a ligar para o call center da Polishop, que funciona 24 horas por dia. A companhia também possui uma rede de 100 lojas próprias, onde os produtos são vendidos como em qualquer outra varejista.
Diversificação
A venda direta será concentrada em cidades onde não haja lojas físicas e focada em consumidores que também não gostam de fazer compras pela internet.
Cada consultor da empresa terá de comprar um kit de trabalho que custa 89 reais. O kit é composto por cadastro na empresa, manual de negócios e de plano de bonificação, catálogo de produtos e DVD com demonstrações de cada um deles, entre outros.
Os pedidos deverão ser encaminhados via internet, e o consultor será remunerado toda vez que uma venda com o seu número de ID (identificação) for registrada pela Polishop.
A empresa espera que o novo canal represente 8% do faturamento neste ano. O problema é, justamente, dimensionar o tamanho da Polishop. Appolinário sempre foi avesso a dar números. Por isso, as informações são bem desencontradas – de 100 milhões a 1 bilhão de reais. Talvez os consultores tenham a sorte de conhecer esse número no próximo sábado.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Receita abre consulta ao segundo lote nesta sexta 8/07/2011


Entregou  Imposto  de  Renda?

  

Fisco vai devolver mais de R$ 2 bilhões para quase 1,7 milhão de contribuintes no dia 15
Do R7


A Receita Federal vai abrir nesta sexta-feira (8) a consulta à lista dos contribuintes que receberão
 a restituição do IRPF (Imposto sobre a Renda da Pessoa Física). Há quase 1,7 milhão de beneficiados, 

que receberão mais de R$ 2 bilhões no próximo dia 15.
Para saber se está na relação, quem entregou o IR neste ano deverá acessar o site da Receita 
(www.receita.fazenda.gov.br) ou ligar para o Receitafone 146. A consulta poderá ser feita a partir das 9h.
O Fisco ainda vai devolver grana retida do IRPF referente aos anos de 2010 (feito sobre o ano calendário de 2009),
 de 2009 (do ano calendário de 2008) e de 2008 (do ano calendário de 2007).
Para o exercício de 2011, serão creditadas restituições para exatos 1.646.075 contribuintes. Eles receberão 
pouco mais de R$ 1,9 bilhão, já contando os juros do período entre a entrega e o pagamento. De maio a julho,
 o rendimento foi de 2,95% pela Selic (a taxa básica do país).
Desse montante, 24.015 entram na categoria do estatuto do idoso e têm prioridade no recebimento. Os depósitos 
somarão R$ 66,7 mil.
Outras 31.186 pessoas vão receber a grana residual do IRPF de 2010. As devoluções vão somar R$ 60,7 milhões, 
já acrescidas da taxa Selic de 13,10% (graças ao rendimento de maio de 2010 a julho de 2011).
Com relação ao lote residual do exercício de 2009, serão creditadas restituições para um total de 10.229
 contribuintes, totalizando R$ 17.091.003,81, já atualizados pela taxa Selic de 21,56%, (período de maio de 2009 
a julho de 2011).
Já para o lote residual de 2008, serão creditadas restituições para um total de 6.120 contribuintes, totalizando 
de R$ 12.902.747,57, já atualizados pela taxa selic de 33,63 %, (período de maio de 2008 a julho de 2011).
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá
 requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou 
diretamente no e-CAC, no serviço Declaração IRPF.
Caso o valor não seja creditado, o contribuinte deve ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central
 de Atendimento nos telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 
(deficientes auditivos), para agendar o pagamento em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer 
banco.

Casino argumenta que Abilio Diniz violou boa-fé


07/07/2011 - 08h20

PUBLICIDADE
Hoje na FolhaNa escalada de acusações contra Abilio Diniz, o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, introduziu uma nova figura na batalha contra a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour: a da violação do princípio da boa-fé, informa reportagem de Mario Cesar Carvalho e Toni Sciarrettapara a Folha.
Diniz, do Pão de Açúcar, violou esse princípio ao negociar com o Carrefour sem o conhecimento do Casino, segundo Naouri.
Seria a materialização jurídica daquilo que o presidente do Casino chamou de "traição" de Diniz.
O princípio da boa-fé está previsto no Código Civil de 2002, em seu artigo 422: "Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé".
A grande questão jurídica é saber se Diniz feriu algum princípio legal ou do acordo de acionistas que fechou em 2006 com o Casino. À época, Diniz estava à beira da falência e foi salvo pela injeção de recursos franceses.
Nesse acordo, estava previsto que o Casino assumiria o comando dos negócios no Brasil a partir de 2012.
Advogados de Diniz disseram, sob condição de anonimato, que, se houve violação do princípio de boa-fé, teria ocorrido por parte do Casino. Os advogados dos dois grupos não quiseram comentar as acusações de ambas as partes.
Editoria de Arte/Folhapress

terça-feira, 28 de junho de 2011

Google lança rede social, Google+, para concorrer com Facebook


Enviado por Bernardo Barbosa - 
28.06.2011
 | 
15h00m
O projeto mais aguardado da Google sobre redes sociais, o Google+ (fala-se Google Plus), veio a público na tarde desta terça-feira (28), mas com seu uso ainda restrito a um grupo bastante pequeno de pessoas. Talvez a melhor definição até o momento sobre o que é o Google+ tenha sido a publicada no site Mashable: uma 'camada social' sobre o Google que transforma todo o site em uma gigantesca rede social.
matéria do TechCrunch confirma esse direcionamento: para Vic Gundotra eBradley Horowitz, os vice-presidentes da Google responsáveis pelo projeto e que falaram com o site, o Google+ é uma extensão do próprio Google, indo além de um simples produto ou estratégia em termos de redes sociais.
Em meio às mais diversas especulações e versões, fica claro que o Google+ é mais uma tentativa da empresa de promover novidades nas interações entre pessoas na web depois dos frustrantes Google Wave e Google Buzz. O site do Google+ mostra que as ambições não são nada pequenas: "Compartilhamento da vida real repensado para a web" é o slogan da nova empreitada.
"Acreditamos que o compartilhamento é falho, e até mesmo incômodo. Achamos que se conectar com outras pessoas é uma necessidade humana básica. Fazemos isso o tempo todo na vida real, mas nossas ferramentas on-line são rígidas. Elas nos forçam a entrar em caixas - ou então a nos tornarmos completamente públicos", disse Gundotra ao TechCrunch. "O compartilhamento na vida real tem nuances, é rico. Tem sido difícil colocar isso em um software."
Entre as principais inovações que têm tudo para pegar, destaco aqui o Google+ Circles, um recurso aparentemente bastante prático para a organização de grupos para compartilhamento de conteúdos; e o Google+ Hangouts, que vai possibilitar videochats em grupo.
resenha de Ben Parr, do Mashable, sobre o Google+ traz um ponto de vista interessante sobre a novidade: o Google+ tem que ser visto como uma tentativa da Google no ambiente social - daí a insistência da companhia em chamá-lo de projeto, e não de produto, por exemplo. Para Parr, a Google não quer que o público veja o Google+ como algo plenamente consolidado.
E aí, o que acharam? Será que vinga? Vai fazer frente ao Facebook? Saiba um pouco mais sobre o Google+ no post divulgado hoje em seu blog oficial e no vídeo abaixo:

terça-feira, 14 de junho de 2011

O homem por trás da Polishop - ISTOÉ Dinheiro


Nº EDIÇÃO: 647 | Exclusivo | 25.FEV - 19:19 | Atualizado em 09.06 - 21:52
O homem por trás da Polishop
Seu nome é João Appolinário. Com 114 horas diárias na tevê, 110 lojas e site na web, ele criou um império de R$ 1 bilhão e se prepara para um novo salto: as vendas porta a porta
Por Carlos Sambrana
Ligue a televisão e comece a zapear pelos canais. É inevitável. Por mais que você não queira, vai se deparar com os vendedores da empresa de varejo Polishop mostrando produtos que, no programa, só faltam fazer mágica e que nos levam a acreditar que não se pode viver sem eles. Passeie pelos maiores shopping centers do Brasil. Não há como fugir. Fatalmente, encontrará uma loja da Polishop. Navegue pela internet. Os banners da empresa saltarão aos seus olhos. O telefone tocou? É possível que do outro lado da linha esteja um dos promotores da empresa tentando vender algum produto mirabolante. Some-se a isso cerca de 1,5 milhão de revistas distribuídas mensalmente e as faturas do cartão de crédito que vêm acompanhadas de um folheto de compras da... Dela mesmo, a Polishop.
A estratégia de uma das mais conhecidas empresas de varejo do País é grudar na mente dos clientes, bombardeá-los com seus produtos e vencê-los pela insistência. O curioso é que, por trás de toda essa engrenagem movimentada por uma massiva exposição midiática, se esconde um empresário recluso, totalmente avesso aos holofotes. Eis João Appolinário, 50 anos, o mentor e dono da Polishop, uma empresa com 110 lojas, dois mil funcionários e que, segundo estimativas de mercado, fatura cerca de R$ 1 bilhão por ano. Um número, é verdade, que poderá saltar dentro de pouco tempo. “Nós queremos estar presentes em todos os países de língua portuguesa e espanhola”, disse Appolinário à DINHEIRO em uma raríssima entrevista. “Desde 2008, atuamos na Argentina e, nos próximos meses, entraremos na Espanha, no Peru e Chile.”

A chegada da empresa a outros países coroa o bem-sucedido modelo de negócios traçado por Appolinário ao longo dos anos. “Somos uma empresa de varejo multicanal”, diz o empresário. “Quando iniciei esse negócio, as pessoas diziam que um canal de vendas roubava o cliente do outro. Na minha opinião e, pela nossa experiência, os canais se completam. Às vezes, o consumidor vê um item na televisão e quer comprá-lo na loja. Outros vão à loja, olham o catálogo e adquirem pelo call center ou pela internet”, explica. A ideia é buscar o cliente onde ele estiver. “Não existe nenhuma empresa varejista brasileira que consiga trabalhar o conceito de multicanal como eles”, diz Eugênio Foganholo, da consultoria Mixxer Desenvolvimento Empresarial.
Trata-se de um negócio que, em breve, ganhará mais um tentáculo. Isso porque a Polishop já botou em prática um projeto piloto de vender produtos porta a porta. Batizado de pessoa a pessoa, a experiência teve início no Estado de São Paulo com 300 vendedores. “Eles levam o nosso catálogo e vendem os produtos”, diz Appolinário. O modelo é parecido com o método adotado por empresas de cosméticos como Avon e Natura. Mas com uma vantagem. “Nós temos um material didático para os nossos vendedores que ninguém tem: os vídeos”, diz Appolinário. Um ativo considerado único por consultores de varejo. “Ninguém consegue apresentar os produtos tão bem como eles fazem na televisão”, diz Foganholo, da Mixxer.

Nova categoria: a empresa batizou a boa e velha centrífuga de Juicer. A indústria passou a usar a denominação

A meta da Polishop é fazer com que as vendas porta a porta representem 8% do faturamento da empresa (acompanhe quadro ao lado) e atinjam a marca de mil vendedores espalhados pelo Brasil dentro de três anos. Pode parecer uma missão impossível de ser cumprida em um curto espaço de tempo, mas Appolinário conta com a ajuda da forte exposição da Polishop para alavancar suas vendas. Só na televisão, por exemplo, a empresa possui um canal 24 horas e compra mais 90 horas por dia na grade de programação de outras emissoras.
De acordo com o Ibope Monitor, em 2009 a empresa investiu R$ 336,2 milhões na aquisição de espaço, ficando na frente de grandes anunciantes, como Kia Motors, Telefônica, Natura e Carrefour, entre outros. Mesmo assim, a tendência é de que os produtos sejam anunciados cada vez mais em emissoras de televisão a cabo. Primeiro porque nessa área a competição com as igrejas evangélicas, grandes compradoras de espaços na televisão, está cada vez maior.
Segundo porque o valor dos comerciais em emissoras abertas é bem mais alto. “Acaba ficando caro para a empresa”, diz Marcelo de Carvalho, vice-presidente e sócio da RedeTV!. “Além de pagar o comercial, ele tem os custos de telemarketing, logística e outros pontos que encarecem o negócio”, diz Carvalho. Pode ser, mas Appolinário não dá ponto sem nó. A Polishop compra os chamados calhaus, espaços em horários que ninguém quer, por preços baixos – uma política impregnada no DNA da empresa. 


A companhia é, na verdade, o reflexo da peculiar gestão de Appolinário. Formado em administração pela pouco conhecida Luzwell, no bairro do Planalto Paulista, em São Paulo, ele toma decisões de acordo com suas intuições. “Ele não é nada acadêmico, mas é muito ousado”, diz Flavio Rocha, diretor-presidente do grupo Riachuelo e amigo de longa data de Appolinário. Muito do que aprendeu no mundo dos negócios foi no dia a dia, quando trabalhou nas concessionárias de sua família, de veículos Ford e Honda, localizadas na região do ABC paulista. “Foi a minha escola”, diz Appolinário.
 

 
Aos poucos tornou-se um investidor com apetite de novos negócios. O empresário era dono de uma empresa de confecção, depois virou sócio de uma rede de fast-food chinesa e também da rede de academias de ginástica Runner. Mas foi o amigo Carlos Agostinho Pires da Cruz, mais conhecido como Gugu da Cruz, que apresentou Appolinário ao negócio que se transformaria na PolishopEm 1994, Gugu, genro de Emerson Fittipaldi, participava de um almoço entre o piloto e o executivo da Globo Internacional Ricardo Salamandré, em Miami. Segundo ele, os dois pretendiam trazer ao Brasil um produto que fazia o maior sucesso nos Estados Unidos, o Seven Day Diet, uma dieta criada pelo nutricionista americano Gary Smith. “Eles queriam vender o produto na rede Drogasil, mas não conseguiam as licenças para trazê-lo ao País”, explica Gugu. Intrigado, Gugu perguntou se poderia tentar.
Além de conseguir a liberação, montou um plano de negócios com todos os investimentos que seriam necessários. “Precisávamos de US$ 1 milhão para criar a empresa”, diz Gugu. O empresário levou o projeto para Fittipaldi e ele disse que só entraria no negócio com a imagem, não iria desembolsar um tostão sequer. Gugu, então, procurou Paulo Izzo, dono da rede de concessionárias Harley-Davidson; João Paulo Diniz, empresário e herdeiro do grupo Pão de Açúcar; e João Appolinário. Este último enxergou a oportunidade e topou o negócio.
 

 

“O Emerson ficou com 42% da empresa, eu fiquei com 10% e o João Appolinário com o restante”, diz Gugu. Foi um fenômeno de vendas. Em apenas seis meses, todo o investimento já havia sido recuperado e a empresa já dava lucro. O modelo de negócios foi o embrião da Polishop. Eles anunciavam em revistas e na televisão e vendiam o tal do shake por meio do call center. “O João foi o parceiro certo para esse negócio”, diz Emerson Fittipaldi, que foi sócio na venda do Seven Day Diet entre 1996 e 1999. “E, como é rápido nas ideias, viu a oportunidade de trazer outros produtos para o Brasil e montou a Polishop.” 
Aliás, velocidade é o que move Appolinário. Considerado por seus amigos um sedentário assumido, ele é aficionado por tudo o que tem motor. A propósito, possui duas motos, entre elas uma Ducati Senna, estacionadas na sala de casa. Ele adora guiar motocicletas e tem brevê para pilotar helicóptero e jatos executivos. E pilota a empresa com muita atenção. “Tudo, sem exceção, como estúdio de televisão, call center, logística, departamentos de criação, é nosso”, diz Appolinário. “Não terceirizamos nada.”  Até seus concorrentes, pelo menos na compra de espaço na televisão, aplaudem a sua gestão. “Gosto da maneira como ele se relaciona no mercado”, diz Luiz Galebe, o dono do Shop Tour. “Todos que o conhecem se referem a ele de maneira elogiosa.”
Com decoração espartana, a sede da Polishop, em São Paulo, não exibe móveis de design internacional nem é opulenta. O que chama a atenção é a moderna estrutura montada para a produção dos programas. Quem não conhece o trabalho da empresa pode até duvidar que o principal negócio é vender produtos. Ali, encontram-se três estúdios digitais, equipes de câmeras, camarins, ilhas de edição e dois uplinks, que transmitem toda a programação via satélite.Até uma marcenaria para criar os cenários dos estúdios foi montada no lugar. “Temos uma emissora funcionando aqui dentro”, diz Appolinário, que não descarta produzir os programas do Dr. Rey, o cirurgião plástico que faz um reality show de cirurgias e que também vende seus produtos na Polishop, no Brasil. O call center, que trabalha 24 horas em várias trocas de turnos, também fica no mesmo prédio. Para esse setor, a empresa dispõe de 2,5 mil linhas telefônicas.


Garoto-propaganda: além de vender seus produtos na Polishop, o cirurgião Dr. Rey faz sucesso entre o público
 
O poder de alcance da Polishop é muito grande e Appolinário sabe disso. “Consigo fazer uma marca totalmente desconhecida se tornar conhecida”, diz o empresário. Ele usa isso a seu favor. “O João Appolinário joga pesado na mesa de negociação”, diz um fornecedor da indústria. “Briga por preço, inovação e exclusividade.” É aí que mora um dos grandes trunfos do empresário. Cerca de 95% dos mil itens oferecidos pela empresa são exclusivos da Polishop, só ela pode vender. “A empresa não tem concorrência direta”, diz Foganholo, da Mixxer. Appolinário busca essa exclusividade porque sabe que, se o produto exposto em seus anúncios estiver em outra rede, ele pode perder a venda. “A grande vantagem da Polishop é saber vender o conceito do produto. Eles não vendem um grill, eles mostram o sonho, a praticidade e outros atributos”, diz Luana Inocente, gerente da Salton para a marca do grill George Foreman para a América Latina. Os números comprovam a tese da executiva. Em 2006, foi vendido um milhão de unidades de grill no Brasil. Oitenta por cento desse total eram dos produtos George Foreman e metade das vendas do Foreman foi feita pela Polishop. Ou seja, 400 mil unidades.
 
  
Outra empresa que viu suas vendas subir com a força da Polishop foi a Sina Cosméticos, de Amália Sina. Ela passou a fornecer a marca Bio Emotion, uma linha de produtos para o cabelo e para o corpo, com exclusividade à Polishop. “Já os conhecia da época em que presidi a Walita e sabia que eles fazem o produto ganhar força no mercado”, diz Amália. “Só que para trabalhar com eles tem de ser muito veloz. Enquanto os produtos no varejo tradicional podem ficar parados por dias, na Polishop duram horas. Minhas vendas crescem o dobro do que em outros canais tradicionais.”
 

 
Os cosméticos são produtos que necessitam de uma experimentação por parte dos clientes. Afinal, não dá para sentir o aroma de um creme para o corpo pela televisão. Para suprir detalhes cruciais como esse é que Appolinário criou as primeiras lojas em 2003. “Além de proporcionarem maior credibilidade para o nosso negócio, elas servem para mostrar para os céticos que aqueles produtos funcionam. As nossas lojas estimulam a experimentação”, diz o empresário. De olho nisso, ele pretende abrir mais nove pontos de venda até o fim do ano – um deles terá 500 metros quadrados no shopping Aricanduva, em São Paulo. “Quero que as pessoas saiam de casa pensando em visitar uma loja da Polishop”, diz Appolinário. Propaganda para isso, definitivamente, não faltará.

Noticías


Nº EDIÇÃO: 466 | 23.AGO.06- 10:00 | Atualizado em 05.09 - 18:32
O sr. Polishop
Quem é o misterioso João Appolinário, criador da Polishop, aquela em presa craque em vender na TV tudo o que você não sabia que precisava
Por Por denise ramiro
Livre-se daqueles documentos antigos com o fragmentador de papéis Hand Shredder. Ganhe espaço em sua casa com o Rest Form Sofa, que pode ser inflado com uma bomba elétrica. Acabe com a tensão do dia-a-dia com o Professional Massager, o massageador automático. Você conhece alguém que compra esses produtos curiosos que aparecem na TV? Não responda agora. Mas saiba que eles vendem como pão quente. Prova disso é que uma das maiores empresas de televendas do Brasil, a Polishop, responsável pela oferta de todas essas engenhocas supérfluas, não pára de crescer. Sua nova aposta é o varejo tradicional. A empresa já conta com 50 lojas em São Paulo e estreará até o final do ano no mercado mineiro com mais dez pontos-de-venda. “Em breve estaremos em todo o território nacional”, disse à DINHEIRO o empresário João Appolinário, idealizador e dono da Polishop, em uma rara entrevista. “As lojas ajudam a conquistar o consumidor que não se sente seguro em comprar algo que viu na TV mas não conferiu ao vivo.” Maior expoente de um setor que movimenta R$ 1 bilhão por ano, a Polishop está entre os grandes investidores em publicidade do País. De acordo com o ranking dos 300 maiores anunciantes do jornal “Meio & Mensagem”, a empresa ocupa a 52ª posição. Investiu R$ 37,9 milhões em publicidade em 2005 – 77% a mais que no ano anterior.

Appolinário é um homem misterioso. A Polishop surgiu há dez anos em uma parceria entre Appolinário e o ex-piloto Emerson Fittipaldi na venda do programa de reeducação alimentar americano “Seven Day Diet”. Depois disso, a empresa ampliou seu mix até chegar aos atuais 120 produtos (metade nacional, metade importada) ofertados em meia dúzia de canais de TV todos os dias. O faturamento da empresa? Cerca de R$ 100 milhões, mas é só uma estimativa do mercado.
Quem conhece Appolinário diz que o segredo do seu negócio está na compra de espaço publicitário na TV. “Ele é melhor na compra de mídia do que na venda de produtos”, diz o publicitário Hélcio Vieira, que foi diretor de publicidade de redes de televisão e negociou muitas vezes com o dono da Polishop. Segundo Vieira, a estratégia de Appolinário é procurar as emissoras de TV em janeiro e fevereiro, meses em que a receita publicitária cai drasticamente, e fazer uma oferta agressiva de compra de espaço comercial. “Ele vai às emissoras nos momentos de baixa e adquire horários para o ano inteiro pagando até 5% do preço de tabela”, diz Vieira. Appolinário dá outra versão para o seu sucesso. Segundo ele, o que mantém as vendas em alta é o fato de a televisão possibilitar a demonstração dos produtos. “O grill do George Foreman estava encostado nas lojas especializadas. Aqui no Polishop ele vendeu um monte”, disse Appolinário. “APolishop está entre os nossos cinco maiores clientes”, diz Luana Inocentes, gerente da Salton Brasil, fabricante do produto.
Filho de comerciantes (sua família teve concessionárias Ford e Honda), Appolinário abriu a Polishop para, segundo ele, caminhar com as próprias pernas. Ele também já teve um fast food de comida chinesa e foi sócio da rede de academias de ginástica Runner. Mas não deu certo. “Acredito muito no foco, não em ter negócios espalhados por várias áreas”, diz. Com a Polishop ele parece ter acertado a mão. “No início, o serviço de televendas tinha muita oferta de produto milagroso, emagrecedor e rejuvenescedor (quem não se lembra das meias Vivarina). O Appolinário se diferenciou ao apostar em bens duráveis”, conta Bruno Ferro, responsável pelo planejamento de marketing da Polishop.
Há quem diga que por trás da recente estratégia de aumentar o número de lojas Polishop está o desejo de Appolinário vender a empresa. Ele tergiversa: “É como ter seu carro na garagem. Você não quer vendê-lo, mas, se aparecer alguém querendo comprá-lo, você pensa no assunto.” Você acredita? Não, não responda agora...